segunda-feira, 9 de setembro de 2013

O Último discurso d´"O Grande Ditador"


Saiba mais acerca de um filme que faz sátira à Alemanha Nazi, tendo um dos que é considerados como dos melhores discursos feitos no século XX
(existência de  informação acerca do desenrolar do filme)
(com vídeo)



"O Grande Ditador" foi filmado em 1940, um ano depois do começo da Segunda Guerra Mundial.
E conta a história de um jovem cabo da Primeira Guerra Mundial (Charles Chaplin) e a sua ascensão ao poder no final da Guerra na despedaçada Tomânia, uma paródia à Alemana.
No filme, um ditador sobe ao poder e invade o país vizinho de Osterlich, em que a associação pode ser feita à Áustria.


Vê-se rapidamente cheio de poder.
No final do filme é feito um discurso, chamado de "O Último Discurso", a apelar aos direitos humanos, que, ainda hoje é considerado histórico e como um dos melhores feitos no século XX.
Em baixo do vídeo (em inglês com legendas em português) poderá ver o discurso completo.






"Sinto muito, mas não pretendo ser um imperador. Não é esse o meu ofício. Não pretendo governar ou conquistar quem quer que seja. Gostaria de ajudar - se possível - judeus, o gentios ... negros ... brancos.
Todos nós desejamos ajudar uns aos outros. Os seres humanos são assim. Queremos viver para a felicidade do próximo, não para o seu infortúnio. Não desejamos desprezar e odiar uns aos outros. Neste mundo há espaço para todos. E a boa Terra é rica e  pode prover para todos.
O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, mas nosso perdemos o caminho. A cobiça envenenou a alma dos Homens , barricou o Mundo com ódio, tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e para o derramamento de sangue. Desenvolvemos a velocidade, mas isolámos-nos uns dos outros. A máquina, que produz abundância, deixou-nos em penúria. Os nossos conhecimentos fizeram-nos cépticos, a nossa inteligência, duros e cruéis. 
Pensamos demasiado e sentimos demasiado pouco. Mais do que máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e gentileza. Sem estas duas virtudes, a vida será de violência e tudo estará perdido.
A aviação e o rádio aproximaram-nos. A próxima natureza dessas coisas é um apelo à bondade existente no Homem . Apela à fraternidade universal ... à união de todos nós numa só alma. Neste mesmo instante a minha voz chega a milhões de pessoas por todo o Mundo ... milhões de homens, mulheres e crianças desesperados, vítimas de um sistema que tortura seres humanos e encarcera inocentes. Aos que me podem ouvir eu digo: "Não desespereis!" A desgraça que caí sobre nós não é mais do que o produto da ganancia  da amargura de homens que temem o progresso humano. O ódio dos Homens desaparecerá,  e os ditadores sucumbirão e o poder que foi tirado ao povo retornará ao povo. E assim, enquanto os Homens morrem, a liberdade nunca perecerá.
Soldados! Não vos entregueis a estes brutos que vos desprezam e que vos escravizam, que controlam as vossas vidas , que vos dizem  o que fazer, o que sentir, o que pensar! Que vos condicionam, que vos tratam como um gado humano e que vos utilizam como carne para canhão! 
Não vos entregueis a estes Homens não-naturais, homens-máquina, com mentes de máquina e corações de máquina! 
Vós não sois máquinas, não sois gado, sois a Homens! E levam o amor da Humanidade nos vossos corações. 
 Não odieis! Só os que nunca foram amados é que odeiam! Os mal-amados e os desumanos ... os que não se fazem amar e os inumanos.
Soldados! Não batalheis pela escravidão, lutai pela liberdade!
 No décimo sétimo capítulo de São Lucas está escrito que o Reino de Deus está dentro do homem - não de um só homem ou um grupo de homens, mas de todos os Homens! Está em vós! Vós, o povo, tendes o poder: o poder de criar máquinas, poder de criar felicidade! 
Vós, o povo, tendes o poder de tornar esta vida livre e bela ... de fazer dela uma aventura maravilhosa. Então, em nome da democracia , usemos desse poder, unamos-nos todos nós. Lutemos por um mundo novo. Um mundo decente que dê aos homens uma hipótese de trabalhar, que dê futuro à juventude e segurança à velhice.
É pela promessa de tais coisas que os brutos têm subido ao poder. Mas eles mentem! Não cumprem o que prometem. Jamais o farão! Os ditadores libertam-se, mas escravizam o povo.
Agora lutemos para cumprir essas promessas, agora lutemos para libertar o Mundo, abater as fronteiras nacionais, para por um fim à ganância, ao ódio e à intolerância. Lutemos por um mundo de razão, um mundo em que a ciência e o progresso conduzam à felicidade de todos nós. 
Soldados, em nome da democracia, unamos-nos."





Sem comentários:

Enviar um comentário

Sem comentários:

Enviar um comentário