Estão em desenvolvimento implantes biónicos para tratar desordens mentais

Cientistas estão a desenvolver os primeiros implantes biónicos que irão ajudar a tratar de desordens mentais.

Durante os próximos três anos o professor Xu-Feng Huang e os seus investigadores da Universidade de Wollongong na Austrália irão liderar o desenvolvimento de implantes biónicos que irão diminuir os efeitos de esquizofrenia.

Esquizofrenia (traduzido directamente do grego: mente dividida em duas) é uma doença crónica e mental que afecta cerca de um porcento da população mundial. É causada por anomalias estruturais do cérebro que proíbem o cérebro de comunicar normalmente. Esta causa, entre outros, alucinações e desilusões, impedindo o doente de desfrutar da vida. Só nos Estado Unidos são associados 22 mil milhões de dólares (aproximadamente 16 mil milhões de euros).


O dispositivo seria implantado no lóbulo frontal e regularia a estimulação de neurónios, o que aliviaria os sintomas de esquizofrenia e desordens mentais relacionadas. - uma técnica aceite pelos novos tratamentos que dependem de medicamentos antipsicóticos.

Alguns destes medicamentos apresentam graves efeitos colaterais  - como aumento da frequência cardíaca e tonturas - mas, embora não tenham a capacidade de controlar os sintomas, eles são capazes de tratar da raiz do problema: má ligação entre os neurónios.

O dispositivo deverá ser feito de polímeros orgânicos condutivos - que já foram bem sucedidos na estimulação muscular e cerebral.

Após a tecnologia ter sido desenvolvida para poder ser integrada no projecto serão feitos testes em animais e, se estes forem bem sucedidos, mais tarde em ensaios clínicos.

Os 676 mil dólares australianos que foram necessários para o projecto foram retirados do fundo do Conselho Nacional de Pesquisa de Saúde e Medicina da Austrália e será uma colaboração entre  o Instituto de Pesquisa Illawarra para Saúde e de Medicina da Universidade de Wollongong e do Centro de Excelência para a ARC Electromaterials Science.