Férias são sinónimo de muitas coisas: Sol, praia, campismo, sossego. Mas neste post vamos concentrámos-nos em apenas dois: ler e viajar.
Quer acredite quer não, um livro pode ser a melhor companhia durante uma viagem, mesmo que já vá acompanhado/a.
Está a ler e a ver. Quando se referem a um determinado sítio poderá mesmo ir lá, visitá-lo e criar a sua própria opinião sobre ele. Não está só a descobrir um novo Mundo como tem também um cenário mental onde o pôr, aparece-lhe, assim, um sentimento que joga no limbo que existe entre a novidade e a recordação, pois já lá tinha estado, mas não fisicamente.
Damos-lhe assim livros que não são só relatos de viagens: alguns deles são livros sobre viajar, outros são livros para ler em viagem.
Se não quer 5, escolha 1. Se não quer comprar, requisite na biblioteca local. Se não pode viajar, leia-o na mesma. O importante é que olhe para trás e sinta que valeu a pena.
Gonçalo Cadilhe
Oficina do Livro
Este é um livro que, para ser perfeitamente honesto, comprei porque me entusiasmou. Comprei-o por impulso. Algo que é um pecado ao comprar livros: julgar uma obra pela sua capa, esquecendo que os departamentos de marketing servem para muito mais do que mera publicidade.
Mas este não é um livro que me tenha desiludido, bem pelo contrário: com uma escrita leve, subtil e desanuviada Gonçalo Cadilhe ensina-nos não só a viajar mas o que fazer antes, depois, entretanto, o que esperar e situações que a nós (ocidentais) nos parecem ser caricatas, mas são, na verdade é parte de outra cultura. Um livro que dá vontade de re-ler assim que se vira a última página, contém também relatos de viagem de Gonçalo Cadilhe e de outros viajantes (estes parecem mais aborrecidos do que aquilo que são: experiência de vida condensada, algo necessário para todas as viagens).
2. Cartas a um jovem cientista
Edward O. Wilson
Clube do Autor
2. Cartas a um jovem cientista
Edward O. Wilson
Clube do Autor
Qual é a sua ideia quando lhe vem à mente a palavra «cientista»?
É provável que seja algo semelhante à de indivíduos de bata branca rodeados de experiências extravagantes e a gritar "eureka" quando uma delas finalmente explode. Bem desengane-se. Ser cientista é muito mais do que qualquer coisa que se pareça. O que é o método cientifico? Qual o percurso académico de um futuro cientista? E as oportunidades em termos de carreira? E a ética? Aprofunde o que é, de facto, ser um cientista. Sim, existem partes chatas, mas só melhoram as outras.
Pode estar agora a perguntar-se: «O que é que isto tem a ver com viagens?» E eu respondo tudo: Trabalho de campo (muito provavelmente a melhor parte de fazer ciência)? É nos tudo explicado neste livro, onde acompanhamos o autor em viagens desde do seu quintal até à Ásia (tudo em nome da ciência e da descoberta cientifica).
3. Histórias daqui e dali
Luís Sepúlveda
Porto Editora
Eis um autor que (para os interessados em literatura) não necessita de grandes apresentações. Chileno, politicamente assumido como de esquerda, marcado pela ditadura de direita que controlou o país durante bastante tempo, algo antipático e elitista para com aqueles que não são "intelectuais" [esse último bocado conta-nos José Rodrigues dos Santos no seu "Conversas de escritores"], se o chamarmos de "O José Saramago Chileno" não erramos muito e penso que não insultamos ninguém, para além de ser bastante provável que, mais tarde ou mais cedo, receba um Prémio Nobel da Literatura. Entretanto temos toda a sua obra traduzida (e bem traduzida) pela Porto Editora, deste homem que é também ele um viajante. Num livro que contém 25 histórias de diferentes cenários, de diferentes países, de diferentes personagens na escrita leve e maravilhosa com que Sepúlveda habituou os seus leitores desde do inicio das suas obras.
4. A Arte de Viajar
Alain de Botton
D.Quixote
Tem de sub-título: O antídoto perfeito para aqueles guias que nos dizem o que fazer quando lá chegamos; o que na verdade descreve muito do que é o livro. Viajar é de facto uma aventura, mas pode ser elevada a arte. Saber tirar o melhor de cada situação, o clássico "dar a volta", o popular "desenrascar" são mais fáceis de dizer do que realizar, e quando se realizam é mais através uma improvisação amadora do que outra coisa qualquer. Aprenda a viajar e sair realizado das suas viagens, com este livro para quem sonha em viajar.
5. O Egipto - Notas de Viagem
Eça de Queiroz
Alêtheia Editores
Eça de Queiroz também é outro que não são necessárias introduções. Com um realismo incrível, uma crítica ponderada, mas apuradíssima, e uma escrita fluída Eça de Queiroz é considerado um (talvez competirá [entre outros] com Camilo Castelo Branco) dos melhores romancistas que a nossa língua alguma vez viu. Em 1869 viaja com o Conde de Resende e traz-nos uma descrição pormenorizada e maravilhosa do povo e da cultura egípcias e da construção do Canal do Suez (cuja inauguração assistiu ao vivo), um dos maiores feitos da Humanidade até então.
Agora depende de si. Embarque numa aventura nova, seja na estrada, seja na poltrona da sala de estar e maravilhe-se. Tem mais sugestões de leitura? Escreva nos comentários ou envio-nos uma mensagem pelas redes sociais ou pela página Contacto.
Eça de Queiroz
Alêtheia Editores
Eça de Queiroz também é outro que não são necessárias introduções. Com um realismo incrível, uma crítica ponderada, mas apuradíssima, e uma escrita fluída Eça de Queiroz é considerado um (talvez competirá [entre outros] com Camilo Castelo Branco) dos melhores romancistas que a nossa língua alguma vez viu. Em 1869 viaja com o Conde de Resende e traz-nos uma descrição pormenorizada e maravilhosa do povo e da cultura egípcias e da construção do Canal do Suez (cuja inauguração assistiu ao vivo), um dos maiores feitos da Humanidade até então.
Agora depende de si. Embarque numa aventura nova, seja na estrada, seja na poltrona da sala de estar e maravilhe-se. Tem mais sugestões de leitura? Escreva nos comentários ou envio-nos uma mensagem pelas redes sociais ou pela página Contacto.
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