sábado, 8 de fevereiro de 2014

Júlio Verne, o homem por detrás da lenda

Escritor, cientista, génio e para alguns até profeta, saiba mais sobre a vida de Júlio Gabriel Verne no dia do seu 186º aniversário.

Jules Gabriel Verne nasceu em Nantes, França, no dia 8 de Fevereiro de 1828.
Passando a  sua infância no porto francês, onde sempre existiam inúmeros navios de exploração,de colonização e até os negreiros que partiam para partes do Mundo das quais pouco ou nada se sabia, depressa ganhou o gosto pela exploração e pela aventura.
Mais tarde admitiria que sonhava em subir aos mastros dos navios e neles viajar.
Chegou mesmo aos 12 anos de idade a trocar de lugar com um adolescente para partir num cargueiro à vela, mas foi descoberto e mandado para casa.
Já em Paris estudou Direito e Tertúlias Literárias seguindo os passos do seu tio.

Em 1857 casou com Honorine uma viúva de 28 anos com quem teria o seu único filho Michele Verne com quem viria a ter uma relação difícil toda a vida.
Escreveu diversos contos e peças de teatro até à publicação do seu primeiro livro: Cinco Semanas em Balão, em 1863. Este foi publicada na editora Hetzel com quem Verne assinou um contrato que o obrigava a escrever dois livros por ano durante 20 anos para a sua saga "Viagens Extraordinárias". Cumpriria o contrato assinado com Hetzel durante 40 anos.
Desde então escreveu inúmeros romances cuja precisão cientifica era fenomenal.
Júlio Verne passou a ser assim visto não como um escritor mas como um futurista cujas ideias não eram só fenomenais como realizáveis.  
Escrevendo assim livros como: "Viagem ao Centro da Terra" (1864); "Da Terra á Lua" (1865); "À volta da Lua" (1870);  "A ilha Misteriosa" (1874) e "Vinte Mil Léguas Submarinas"(1869-1870) a fama de Verne alargou-se a nível internacional.
O gosto pelo mar e pela exploração leva-o a adquirir três navios todos baptizados S.Michele em homenagem ao seu filho, com os quais visita por duas vezes Portugal.
As obras de Verne valeram-lhe o título de Cavaleiro e mais tarde oficial da Legião de Honra francesa.
Após uma atentado por parte do sobrinho, Júlio Verne começou a entrar numa profunda depressão que o afectaria a ele e às suas obras até aos seus momentos finais.
O seu neto, Jean-Jules Verne na biografia do avô escreveu o seguinte acerca destes:

Túmulo do Escritor
“O meu avô morreu a 24 de Março de 1905 (sexta-feira), às oito da manhã. Do sul da França, de onde nós ainda estávamos a arrumar a mudança de casa, o meu irmão mais velho e eu fomos chamados por telegrama para nos juntarmos aos nossos parentes e ao nosso outro irmão, no norte, ao lado do leito de Verne em Amiens. Quando ele nos viu a todos ali, deu-nos um olhar profundo que claramente significava: “Bom, vocês estão todos aqui. Agora, eu posso morrer”; então, ele virou-se para a parede, esperando bravamente pela morte. A sua serenidade nos impressionou enormemente, e desejamos ter uma morte tão serena quanto a dele, quando chegar a nossa hora”.

Há também um relato mais romântico onde o escritor, antes de a sua família chegar a sua casa, pediu a sua esposa, Honorine, o livro “20000 Léguas Submarinas” e que o abraçou o mais que pode. Verne sentia um carinho especial por esta obra.

 Na primeira parte da sua obra literária, Verne era um profundo defensor da ciência e do progresso técnico na Europa. Mas nas obras mais tardias é um autor pessimista quanto ao futuro da civilização, adivinhando-se já uma certa atmosfera de “finde-siècle”. A maior parte dos seus romances foram escritos em 1880. A partir de então, explorou o teatro, a poesia e o conto. Ao todo foram 65 romances, 20 “short-stories” e ensaios, 30 peças e trabalhos geográficos e também livretos de ópera.

Bibliografia para mais análises:
-Blog JVerne (parceiro)
-Site J. Verne em português (parceiro)
- Wikipedia

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