sábado, 14 de junho de 2014

A História Por Detrás do Dia de Portugal, Camões e das Comunidades Portuguesas

O dia 10 de Junho é conhecido pela maioria dos portugueses como apenas mais um feriado onde se ouvem os habituais discursos do exm. Presidente da República sobre ultrapassar as dificuldades que o país atravessa, onde os militares do nosso relativamente pequeno exército desfilam orgulhosos de servir a sua pátria, aquele dia em que os generais tiram o pó às suas fardas repletas de medalhas e distinções, e como aquele dia que as celebrações nunca são no mesmo lugar onde foram há um ano.

Mas este dia, que penso que seria ignorado por grande parte dos portugueses não fosse o facto de ser feriado, tem uma história que remonta até ao ano de 1580, quando, no dia 10 de Junho falece o maior poeta da Lusofonia, (atrever-me-ei a dizer de todos os tempos?).

Avançando 300 anos poderíamos ver a Lisboa de 1880, aonde ocorria uma manifestação republicana, que aclamava o nome de Camões, para exaltar um patriotismo que não envolvesse o Rei ou outra figura monárquica e para desviar as atenções das celebrações das Festas de Santo António, relembrando que os republicanos tinha uma agenda contra a Igreja Católica em que planeavam que Portugal passasse de um país dogmaticamente católico a completamente ateísta em apenas duas gerações.

Com a Proclamação da República Portuguesa em 1910 o dia 10 de Junho fui proclamado feriado municipal lisboeta, principalmente devido às manifestações de 1880.

Com a Segunda República Portuguesa, vivia-se um clima de sobre-nacionalismo e patriotismo.
Assim, o Dia de Camões passou a ser um feriado nacional sendo no auge do Estado Novo passado a ser celebrado como o Dia de Camões, Portugal e da Raça, nome dado pelo próprio Oliveira Salazar na Inauguração do Estádio Nacional do Jamor fazendo alusão a uma «raça lusitana» que englobava qualquer português independentemente da etnia.

 Depois do 25 de Abril de 1974, a Terceira República renomeia este feriado de Dia de Portugal, Camões e das Comunidades Portuguesas.

Talvez uma das maiores conquistas deste feriado e um dos casos mais óbvios do separatismo espanhol foi quando a província da Estremadura Espanhola (conhecida pelo seu ódio antigo aos portugueses) passou a celebrar o 10 de Junho a partir de 2013.

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