A Eneida (Aeneis em latim) é um poema épico latino escrito por Virgílio no século I a.C. que conta a saga de Eneias, filho de Vénus e troiano se salva dos gregos depois da Guerra de Troia, que depois viaja errante pelo Mediterrâneo até chegar à península Itálica.
O seu destino era ser o ancestral de todos os romanos e o fundador de Roma.
Virgílio já era ilustre pelas suas Bucólicas (37 a.C.), um poema pastoril, e Geórgicas (30 a.C.), um poema agrícola, quando o imperador Augusto lhe encomendou a composição de um poema épico e patriótico que cantasse a glória e o poder do Império Romano.
Um poema que rivalizasse, ou mesmo superasse a Ilíada e a Odisseia, ambas de Homero, e também que cantasse, indirectamente, a grandeza do próprio imperador César Augusto .
Assim, Virgílio elaborou um trabalho que, além de labor linguístico e conteúdo poético, é também propaganda política .
Muitos dos episódios na Eneida, que narra um tempo mítico, têm uma correspondência síncrona com a actualidade de Augusto e do império: por exemplo o escudo de Eneias, simbolizando a Batalha de Áccio, quando Otaviano derrotou Marco António em 31 a.C. e a previsão de Anquises, no Hades, sobre as glórias de Marcelo, filho de Otávia, irmã do imperador.
Virgílio terminou de escrever a Eneida em 19 a.C.. A obra estava "completa" mas ainda não estava "pronta" segundo o seu criador.
Virgílio gostaria ainda de visitar os lugares que apareciam no poema e rever os versos dos cantos finais.
Mas adoeceu e, às portas da morte, pediu a dois amigos que queimassem a obra por não estar ainda "perfeita".
Para nossa felicidade e fortuna literária, o grande poema, já conhecido de alguns amigos coevos, não foi destruído.
Sem a epopeia virgiliana, não haveria Orlando Furioso, O Paraíso Perdido, Os Lusíadas, dentre outros grandes clássicos da literatura mundial.
Virgílio, ao escrever esta epopeia, inspirou-se em Homero, tentando superá-lo: Virgílio empenhou-se em fazer da Eneida o poema mais perfeito de todos os tempos. De certa forma, a primeira metade (seis primeiros cantos) da Eneida tenta superar a Odisseia, enquanto a segunda tenta superar a Ilíada.
A primeira metade é um poema de viagem e a segunda um poema bélico.
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*Este livro não foi posto por nenhum representante ou membro oficial do Luso Carpe Diem.
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