domingo, 17 de novembro de 2013

Maria Antonieta, a vida da Rainha de França

Maria Antonieta Josefa Joana Von Habsburgo-Lorena nasceu em Viena, no dia 2 de Novembro de 1755 e ficaria para a História como a última rainha absoluta de França antes de Robespierre e Napoleão.

Ela foi a filha da Imperatriz Maria Teresa de Habsburgo e de Francisco Estêvão de Lorena, Imperador do Sacro Império Romano Germânico, tendo crescido num ambiente vienense foi contemporânea de Mozart e educada num contexto católico e austero, tendo sido toda a vida preparada para o seu matrimónio, que ocorreria aos seus 14 anos de idade (1770) com Luís Augusto delfim do Reino de França, que tinha sido feito com o objectivo de unir as dinastias de Habsburgo e de Bourbon, de forma a criar uma forte aliança contra os principais inimigos destes três reinos: a Inglaterra e a Prússia.
Ao chegar ao palácio de Versalhes como delfina da França, Maria Antonieta começa logo a fazer-se notar: substitui a maioria das suas damas de companhia por jovens que apenas se destacam pela sua elegância, diverte-se com corridas de cavalos, óperas , festas, teatros e bailes da corte.

A 10 de Maio de 1774 Luís XV morre, tornando-se Luís Augusto rei de França com o nome de Luís XVI, com apenas 18 anos.
No trono, Luís XVI tenta dar a volta À grave crise económica que atravessava o país através de mudanças fiscais e renovações na gestão da corte, ganhando assim o ódio de grande parte da aristocracia francesa.


Paralela às preocupações de seu marido, Maria Antonieta esforça-se para ter com este um filho, o que lhe foi dificultado devido à relação fria e distante que havia entre os dois.
Antonieta tem a sua primeira filha em 1781, baptizada com o nome de Maria Teresa Carlota e como felicitação o marido oferece-lhe um pequeno palácio de nome Petit Trianon, situado nos arredores de Versalhes este serviria para a mãe poder descansar, mas também educar a filha num local mais tranquilo e rural.
O rei, incapaz de atingir as mudanças económicas desejadas, convoca, em 1788, os Estados Gerais, compostos pelo clero, pela nobreza e pelo Terceiro Estado, integrando a emergente classe média, trabalhadores das cidades e do campo.
Entretanto, Maria Antonieta assume hábitos mais modestos, o que é reflectido inclusive na sua aparência, e passa a frequentar mais assiduamente o Petit Trianon.
É possível que tenha sido neste refúgio ela tenha conhecido seu amante, o conde Fersen.
Esta era tranquila não dura muito: existindo pouco tempo depois alguns casos controvertidos relativos à vida palaciana, transformando-se em manchetes nos jornais, aumentando a ira do povo contra os monarcas que os acusam de serem os responsáveis pela crise económica no país que piorou devido a uma crise agricola e ao mau tempo que mergulham o povo francês na fome, na miséria e no frio.
Assim, tem início uma era de decadência para o reinado de Maria Antonieta e do Rei Luís XVI. Desencadeia-se uma campanha difamatória contra a Rainha, que se torna culpada por toda a situação financeira do reino sendo mesmo espalhado o mito de que alguém perguntou à rainha o que é que o povo haveria de comer se não tinha pão, pelo que ela terá respondido "Se o povo não tem pão, que coma bolos", mas hoje sabemos que é apenas uma lenda criada com o intuito de denegrir a imagem da Rainha.
A Rainha demonstra ter mais pulso firme que seu companheiro durante a insurreição política: Em 1789 eles são presos no Palácio de Versalhes e conduzidos pelos rebeldes para o Palácio das Tulherias.
A sua família permanece aí detida até 1792, quando Maria Antonieta insiste num plano de fuga, o qual se concretiza com a ajuda do conde Axel Fersen, seu amante.
Eles são, porém, interceptados e presos ao atravessarem Varennes.
Levados de volta para Paris, rei e rainha são ambos mortos publicamente por guilhotina – ele, em Janeiro de 1793 e ela, a 16 de Outubro do mesmo ano, na cidade-luz.
A rainha teve quatro filhos, mas apenas a primeira (Maria Carlota) viveu o pós revolução.


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