A probabilidade de tal evento ocorrer nos próximos milhares de milhões de anos é praticamente nula, mas nunca foram as probabilidades que acabaram com a curiosidade. Actualmente podemos imaginar duas formas em que tal fenómeno poderia acontecer: na primeira temos uma paragem repentina de um momento para o outro a Terra parava; na segunda a Terra ia diminuindo a velocidade da sua rotação num processo lento e gradual que levaria milhares de milhões de anos. Analisemos os dois casos de uma maneira mais específica:
1º Caso - A Terra Para Subitamente
Como a rotação da Terra é de oeste para este seria como estar num carro hipotético que conduz numa autoestrada vazia à velocidade aproximada de 1666 km hora e que subitamente travasse. A morte seria instantânea.
E a menos que tenhamos um 'cinto de segurança preso à Terra' os nossos (na altura já) cadáveres (nesta altura uma autêntica pasta de carne e ossos) seriam projectados para a atmosfera a uma velocidade entre os 470 metros por segundo e os 370 metros por segundo, dependendo da nossa localização (mais elevada no Equador e mais lenta nos pólos - mas a diferença como já percebeu acima, não seria muita e também já não nos interessaria muito).
Como a rotação da Terra é menor nos Polos, pessoas perto destes teriam maiores (mas mesmo assim ínfimas) hipóteses de sobrevivência.
Seguir-se-iam enormes tempestades por todo o globo, fazendo com que as trovoadas e o vento a uma enorme velocidade causariam incêndios à escala mundial. Maremotos imensos, sendo que as correntes de água dirigiam-se para os Pólos.
Finalmente o teríamos uma parte da Terra constantemente exposta ao Sol e outra constantemente gelada - um fenómeno parecido com o de Mercúrio. Devido a esta total diferença de extremos térmicos a vida muito provavelmente seria erradicada.
2º Caso - A Terra Para Gradualmente
Neste caso os efeitos só se iriam começar a sentir ao fim de vários milhares de milhões de anos: os dias e as noites começam a ficar maiores até que chegamos ao ponto aqui pode-se chegar a duas conclusões: uma em que a Terra rodaria apenas uma vez em 365 dias - este fenómeno é conhecido por Sincronização Solar. Este fenómeno seria semelhante ao que ocorre na Lua, tendo uma face iluminada por duas semanas e outra iluminada por duas semanas; e outra em que teríamos metade do ano de dia e metade do ano de noite. Embora estas pareçam condições muito difíceis sabemos que seria possível a vida sobreviver em tais condições, como hoje em dia acontece nos Pólos e nas regiões perto destes, em que existem seres vivos e humanos com dias e noites de seis meses.
Claro que se este processo fosse gradual e os dias e as noites fossem ficando mais longos - mas num evento que demoraria milhares de milhões de anos - a Evolução ensina-nos que muitas espécies se iriam adaptar e habituar aos novos climas e aos habitats que vêm com eles.
Para concluir: Podemos dizer que se a Terra realmente parasse a sua rotação em torno de si mesma este facto traria consequências que poderiam ser catastróficas (como no 1º caso) ou não tão catastróficas mas que obrigariam as várias espécies do planeta a adaptarem-se e que nos obrigariam a repensar todo o nosso estilo de vida humano. Para ambos os casos podemos estar agradecidos pelas leis da Física tornarem estes casos altamente improváveis.
Vídeo Complementar:
facebook.com/Curiosobr
http://image.gsfc.nasa.gov/poetry/ask/q1168.html
http://science.howstuffworks.com/science-vs-myth/what-if/what-if-earth-stopped-spinning.htm
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